quinta-feira, 8 de agosto de 2013

APRENDAM A DESCONTRUIR

 



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                  Amigos, permitam-me falar um pouco da minha vida e da minha província.


                  Volto os olhos para o  Estado de Goiás, mais especificamente para Goiânia, minha cidade natal. Goiânia que vi crescer,  meus olhos sendo testemunhas de tudo que por aqui se passou, desde a minha infância, adolescência, juventude, e vida adulta até a quarta idade.
 
                  Lembro-me das caçadas de passarinhos com estilingue, de pescaria no Anicuns, Caveirinha e  Meia-ponte. E de quando fazíamos garruchas de cano de guarda-chuva e gatilho de fivelas presos com borrachas de câmara de ar e  espoletas de revolver de brinquedo.
 
                  Lembro-me das corridas de cavalos na  avenida C, atual Assis Chateaubriand. O  percurso era do Abrigo dos Velhos, onde é hoje o Tribunal de Justiça,  com retorno no final da pista que é agora a avenida Portugal.

                  Lembro-me de banhos de córregos na cabeceira do Vaca Brava, do  Cascavel   nas imediações do "toquinho"  próximo à Comurg na Vila Aurora, do Horto Florestal e do Lago das Rosas, dos banhos no Anicuns próximo ao setor Perim,  onde homens levavam suas raparigas para banhos nas tardes ensolaradas e deixavam a molecada eriçada com peitos e bundas apreciadas por trás das moitas.
 
                  As Escolas onde estudei: O Grupo Ismael , o Victor Coelho, os Colégios: Ateneu Dom Bosco, A Escola Técnica de Campinas (do Prof. Rubens Carneiro dos Santos), o Colégio Pedro Gomes.  Que saudades!

                  Lembro-me do meu primeiro emprego, fui trabalhar muito cedo. Garoto com nove anos e onze meses, empregado registrado como continuo na Prefeitura Municipal de Goiânia, o prefeito era o saudoso Dr. Venerando de Freitas Borges, depois veio João de Paula Teixeira Filho - o Parateca,  Jornalista Jaime Câmara, Dr. Hélio Seixo de Brito
.
                  Lembro-me de alguns vereadores, pois sempre ia à Câmara Municipal instalada no Edifício Inhumas, na avenida Anhanguera. Dr. Messias, Boaventura Andrade, Nion Albernaz, Evaristo Martins, Pedro Teixeira e tantos outros que a memória traiçoeira já não me permite recordar.

                  Lembro-me do governadores Juca Ludovico,  José Feliciano Ferreira, Mauro Borges (este comparo-o a Juscelino Kubitschek), Ary Valadão, Otávio Lage, e outros que após a revolução de 64, surgiram como democratas, messiânicos etc… há até um que chega a afirmar que foi enviado por DEUS. Traziam, porém,  às escondidas a astúcia para enganar o povo com a matemática de:" um pra você e dois pra mim" e enriqueceram  rapidamente.

                  Que saudades das lutas estudantis para manutenção da meia passagem de ônibus, da meia- entrada no cinema. Das escaramuças da noite de 5 de março um dos maiores marcos na luta estudantil goiana enfrentando os cassetetes e as baionetas da Polícia Militar e de alguns jagunços palacianos (por aqui ainda existia esse tipo de puxa-saco).

                   Que saudades daquela Goiânia,  moça  ainda, de renovadas esperanças, de jovens preocupados com  o futuro, de políticos mais comprometidos com a cidade e com o bem estar do povo, de vereadores que realmente representavam os seus eleitores e lutavam pela melhoria dos seus bairros.

                  Estou a lembrar-me  indignado pela posição assumida pelo vereador Elias Vaz que, segundo publicação no Jornal "O Popular", do dia 26.03.2013, coluna GIRO, pretendia apresentar emenda ao Plano Diretor visando alterar a utilização de algumas áreas nesta Capital, tais como onde se encontram o Batalhão Anhanguera, próximo ao parque Areião e também onde está  o Autódromo, dentre outras. Tendo sua emenda aprovada inviabilizaria a alienação dessas áreas pretendida pelo governo do Estado.
 
                  É bom destacar que esse mesmo vereador esteve envolvido na Operação Monte Carlo, onde foi pilhado conversando com o Sr. Carlos Cachoeira, prometendo “melar” a licitação da Prefeitura para as reformas no Parque Mutirama, obras que estavam paralisadas e que foram retomadas em ritmo de tartaruga. É o ritmo Paulo Garcia,  o prefeito que  se disputar uma corrida com ele próprio chegará em segundo lugar. É o famoso “devagar quase parando”

                  Na verdade, essa pessoa não queria e nem tinha interesse de defender melhorias no Plano Diretor, mas pretendia com a ameaças de suas ações levar alguma vantagem POLÍTICA, sempre foi assim.  O Ministério Público Federal e  a Polícia Federal deveriam aprofundar as investigações na vida dessa pessoa para aferir o crescimento do patrimônio dela a partir do momento que  entrou na cena política. Medidas de antecipação de tutela deveriam ser requeridas visando bloquear seus bens móveis e imóveis até que fosse comprovada a origem lícita de cada bem.

                   O povo está farto de ler nos jornais e ver no noticiário televisivo que a classe política tem hoje comportamento de bandidos. Travestidos de representantes do povo  abusam do poder que esse mesmo povo por engano lhes outorgou e dentre o povo alguns safados venderam seus votos.

                   O Plano Diretor foi aprovado e sancionado a toque de caixa, ou seja imediatamente, pois o interesse dos especuladores falou mais alto. Está sob questionamento na Justiça e certamente muitas obras serão edificadas enquanto não houver a palavra final do judiciário e ao final poderá faltar coragem ao Judiciário para mandar demolir o que foi construído ao arrepio da lei.

                   Enquanto isso aquele que se elegeu com o "mote" da sustentabilidade vai permitindo oficialmente a destruição de nossa cidade.

                   Aprendam a desconstruir seguindo esses péssimos exemplos.


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