terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O ponto do lazer


    







Anteriormente  postei um texto onde manifestei  meu otimismo quanto ao nosso futuro político "O Brasil tem jeito" . Mas a cada dia que passa  fico mais estarrecido com os acontecimentos políticos,  sempre na contra mão da seriedade, da honestidade, da normalidade e da transparência.

    Ouvi o presidente da Câmara dos Deputados pregando a desobediência à decisão do Supremo Tribunal Federal, agora candidatos à presidência daquela Casa fazem proselitismo sobre o mesmo assunto. Soube que foi oferecido asilo político dentro das dependências do Congresso para esconder os deputados que foram condenados a cumprir pena no rumoroso caso da Ação Penal 470 “O Mensalão”.

    Assim, nesse clima de casa de mãe Joana a classe política vai surfando. Renan Calheiros aquele que foi Presidente do Senado e que mantinha uma amante sustentada por uma empreiteira, renunciou ao cargo e só não foi cassado em razão do corporativismo reinante naquela Instituição. Como ele pensa que o povo e a imprensa já  esqueceram do fato,   apresenta-se como sucessor de Sarney,  e,  pasmem os senhores, é candidato fortíssimo contando ainda  com o apoio do PSDB.

     Em verdade quero falar de outro assunto,  que também foi “parido” das entranhas daquela Casa de Leis. A  Folha de São Paulo, no dia 18.01.2013,  publicou uma matéria onde informa que os funcionários da Câmara dos Deputados a partir de agora poderão assinar o “ponto” do dia até às 15h, segundo ainda aquele noticioso o motivo se justifica, pois grande parte dos servidores não consegue chegar ao trabalho no horário que é  10h.

  Já estão todos cansados de saber que aquela turma de servidores é a mais bem aquinhoada em termos salariais e  vantagens outras, tanto é verdade que até hoje ninguém conseguiu saber o quanto ganha mensalmente cada servidor. Nem a Lei da Transparência conseguiu revelar  o segredo. Alegam como desculpa o direito ao sigilo. 

Reflito então: e os comerciários, os domésticos, diaristas, faxineiros, jardineiros, passadeiras bancários, estudantes, enfim a grande massa que utiliza o péssimo transporte público?  Eles têm a obrigação de chegar sempre  entre 6h e 8h, não lhes é permitido atraso sob pena de perderem o dia de trabalho, o estudo ou até o emprego já que  não contam com as benesses concedidas aos preguiçosos servidores da Câmara.

Onde está a equidade? Muitos espremidos em transportes indignos desse nome  e que devem obedecer a horários rígidos e alguns poucos em carros de luxo que não conseguem nem ao menos chegar ao trabalho às 10h?

Para encerrar, no dia 10.01.2013, na abertura dos trabalhos no Tribunal de Justiça do Piaui, o Desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, o mais antigo da citada corte, ao falar naquela oportunidade chamou os congressistas de preguiçosos, assim então se explica porque a criação do ponto do lazer.

 

                               






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