segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

EU SÓ QUERO ENTENDER

 
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Sexta-feira 13, mais uma, e o  Partido dos Trabalhadores reuniu  sua militância, em Brasília, com o propósito de realizar um  Ato de Desagravo aos seus filiados envolvidos no famoso e maior escândalo político do Brasil “O Mensalão”.
 
Pela primeira vez ficaram ausentes figuras importantes do Partido, o Zé Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno, este último em prisão domiciliar, os dois primeiros hóspedes na penitenciária da Papuda no Distrito Federal.
 
Discurso vai, discurso vem, chega a vez do Deputado Federal João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, usar a tribuna. Em razão de tudo que se falou sobre a sua participação no escândalo, de provas robustas quanto ao recebimento da propina de cinquentinha e dos contratos fajutos com as empresas do Valério, eu esperava que ele usasse da palavra para pedir desculpas ou perdão, aos seus companheiros e aos seus eleitores, pois, em dado momento da sua vida parlamentar teria fraquejado e aceitado participar do conluio.
 
Ledo engano o meu! João Paulo Cunha mais uma vez ataca o Supremo Tribunal Federal acusandos  seus membros, e, para justificar suas palavras cita os escândalos da máfia dos fiscais em São Paulo e o rumoroso caso dos Metrôs de São Paulo e Brasilia, tendo como integrantes a empresa Alston e os  respectivos governos daqueles estados.
 
Indignado! Assim o Deputado externou seus sentimentos naquele momento, frisando que o Mensalão é  fichinha, repercutiu porque tinha o Chefe da Casa Civil, o Presidente da Câmara Federal, cinco presidentes de partidos políticos e vários Deputados Federais. Ora,  Seo João Paulo, claro que pela estatura política dos envolvidos a repercussão veio na medida certa e a punição aplicada também
 
O senhor deveria ter aproveitado a oportunidade do Congresso do PT  e apresentado a sua renúncia ao mandato de Deputado Federal, pois alí teria tido a solidariedade dos presentes. Não se engane,  sua prisão está mais próxima do que  imagina. Depois vai ter de sair correndo e deixar a carta para o colega ler em plenário.
 
Pois bem, eu apenas  gostaria de entender qual o motivo pelo qual o senhor fez a comparação dos escândalos . Está pensando em ser perdoado porque o escândalo do qual é protagonista foi menor em relação aos atuais agora divulgados? Eu continuo achando que o "Mensalão" é muito maior e não se compara a nenhum outro, já que  tinha como finalidade o poder, ou melhor, a ganância pelo poder.
 
Era o projeto para o PT se eternizar no poder.  Uma ambição vazia de idealismo que desconhecia os príncípios mais elementares da ética, honra, solidariedade, humildade. Apesar das punições, ainda se locupletam à custa do sacrifício do povo, distribuem migalhas, as chamadas “bolsas-bondade”, com a clara intenção de calar alguns e fidelizar o voto de outros tantos. A recente demissão de assessores do Ministério da Fazenda prova que vocês não temem a Justiça e continuam a agir como se  o julgamento do Mensalão não os   houvesse atingido. Alheios à repulsa da opinião pública patrocinam essas coisas espúrias porque já trazem consigo a  certeza  de que o fim está próximo.
Meu anseio,  como brasileiro, é  que a nossa Justiça,  em outras instâncias, ao julgar os crimes da máfia do ISS e do Metrô, aja com o mesmo empenho, zelo e rigor como agiram os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
 
O exemplo foi dado, é só copiar. Tá ligado?


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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

NÓS TEMOS RAZÃO


Planos-Econômicos-3


Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, aos domingos assina uma coluna no jornal Folha de São Paulo. “Nós não temos razão”, esse o título com que nominou seu artigo no último domingo, 08/12/2013, no qual mais uma vez defende os banqueiros. E o faz como banqueiro aposentado do Bankboston, como o classificou a imprensa à época em que, eleito o deputado federal mais votado por Goiás, preferiu renunciar ao mandato para assumir o tão cobiçado cargo de Presidente do Banco Central do Brasil.

Como balizador da defesa do seu pensamento traz à luz a luta do interesse individual e o público e ainda tem a coragem de afirmar que os Bancos são credores da sociedade e que sempre há má vontade com eles. Ora,  Doutor Henrique, faltou-lhe somente falar que bancos são anjinhos criados por ELE para nos socorrer nos momentos difíceis e com taxas de juros que levam os banqueiros e acionistas ao estado de pobreza.

Bancos,  Doutor Henrique não são credores, são devedores de valores captados em depósitos. Tempos atrás tivemos muitas instituições liquidadas e em todos os casos, sem exceção,  os depositantes e poupadores amargaram prejuízos perdendo economias poupadas durante a vida.

Por que o senhor não explicou que os bancos operam no mercado diáriamente e naquela época do calote o dinheiro girava no mercado na compra de títulos do tesouro e como o giro era diário os bancos se locupletaram com a evolução das taxas no dia a dia?  Por que não explicou que o dinheiro do povo aplicado no CDB, poupança ou depósitos à vista, cumpridas as exigências do compulsório, o que ficava em poder dos bancos alimentava a inflação na compra e venda de Letras Financeiras do Tesouro ?

Isso sem falar nos empréstimos. Em razão da inflação galopante as taxas de juros estavam na estratosfera. Ao final do mês,  no fechamento das contas, poupadores foram lesados, mas os bancos que giravam os nossos recursos diariamente levaram a melhor. A mudança de regras somente atingiu os poupadores, pois, a correção era no final do período enquanto os bancos tinham seus recursos atualizados diariamente.

 Sem nenhum pudor nossas instituições financeiras publicam a cada trimestre o lucro que auferiram, lucro este a custa da suada labuta de seus “clientes”, tratados por vezes com menosprezo e avaliados somente pela sua capacidade de gerar lucros. Vêm fazendo  isso há mais de 25 anos.

Caso haja decisão em favor dos poupadores, faça-se justiça, que os bancos devolvam um pouco dos seus lucros, que seus acionistas também paguem pelo que receberam indevidamente. Que o governo gaste menos e pague o que deve.
 
Não há na verdade disputa entre o interesse público e o individual, o que existe é a ambição desmedida daqueles que detém o poderio econômico-financeiro e chega às raias da usura para resguardar seus próprios interesses, pouco importando quem saia lesado, desde que não sejam eles.
 
Mais ainda, o dinheiro que os poupadores por acaso vierem a receber não vai ficar debaixo do colchão, vai voltar imediatamente para o mercado. A economia vai continuar funcionando e muito bem, pois o dinheiro vai estar nas mãos de muita gente e não no bolso de alguns poucos banqueiros.

Sinto muito dizer que o Senhor não tem Razão, mais uma vez. A  outra foi pensar que poderia ser Governador de Goiás, e,  tal como outros neófitos em politicagem,  provastes da maçã que o velho raposão do PMDB lhe oferecera.











 
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sábado, 7 de dezembro de 2013

O NEGRO JOAQUIM BARBOSA


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O Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, negro, de origem humilde, ocupa hoje o mais alto grau da magistratura brasileira.

Com sua inconfundível capa preta e mão de ferro conduziu a relatoria da Ação Penal 470, mais conhecida como “Mensalão”, esquema de compra de votos e de corrupção de parlamentares na Câmara Federal, visando garantir maioria de votos nos projetos de interesse do Partido dos Trabalhadores.

Desnecessário falar sobre os ardis da tramoia, mas é preciso não esquecer os seus principais protagonistas, hoje alguns já engaiolados na penitenciária da Papuda em Brasília-DF, como Zé Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno dentre outros.

A atuação firme do Presidente do Supremo Tribunal Federal rendeu ao ministro Joaquim Barbosa a simpatia do eleitorado brasileiro. Em recente pesquisa do Data Folha, o nome de Joaquim Barbosa aparece em significativo segundo lugar, com 15%(quinze por cento) das intenções de voto dos eleitores consultados pelo país afora.

É bom lembrar que o ministro não está filiado a nenhum partido político, não tem esquema de votos, não possui o poder executivo nas mãos e nem a caneta que concede benesses. Não tem horário de televisão e nem financiadores de campanha. Mesmo assim o percentual em seu favor é superior ao do senador pelo PSDB, Aécio Neves e ao do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB.

Este quadro nos chama a atenção por uma razão muito simples, já tivemos no passado um “Caçador de Marajás” e deu no que deu. Pessoalmente não tenho preocupação com o crescimento da intenção de votos em favor do ministro Joaquim Barbosa que já deu demonstração suficiente ao mundo que é um homem correto, incorruptível e que seria intolerante com a corrupção, o mal maior do Brasil.

Durante o julgamento do “Mensalão” tivemos a oportunidade de ver sua coragem ao enfrentar os ministros que queriam colocar panos quentes amenizando os crimes cometidos e propondo penas mais leves. Assistimo-lo dizer na cara e com muita coragem o que pensava desses ministros e ainda se negou a fazer qualquer retratação.

Corajoso!  Este o adjetivo que o qualifica.

Na hora do recolhimento ao xilindró trabalhou duro no feriado de 15 de novembro e  mandou conduzir doze presos à penitenciária da Papuda. E o melhor, algemados durante a viagem até Brasília.

Nem sabemos se ele realmente deseja antecipar  sua aposentadoria com o intuito de enveredar nessa seara da política, mas não resta dúvida que seria bom para o Brasil uma mudança radical de rumos. Ou se anteciparia a sua aposentadoria em razão de rumores que na ascensão do próximo presidente do STF já estaria engendrada a revisão de todo o processo envolvendo a Ação Penal 470. 

Teima, porém em permanecer arraigada em nós uma certa inquietude. Como estamos vivendo um quadro de corrupção em todos os níveis, greves, movimentos sociais os mais diversos, criminalidade em alta, saúde precaríssima, inflação batendo à porta, Ministério da Fazenda maquiando contas, prefeitos desviando dinheiro da saúde e educação, desperta em nós o temor que possa surgir algum desconhecido, filiado a um partido nanico  se apresentando para salvar o Brasil.

Bandeiras certamente não lhes faltarão e o tão dinheiro vai aparecer quando e para onde o fiel da balança pender. Sentimos a gravidade da situação.

O atual modelo de governo qualquer seja o ângulo que observemos,  tornou-se inaceitável. O Poder Executivo, ainda no mandato do anterior presidente criou o nefando hábito de fingir-se de morto ante qualquer situação que o desabone ou venha causar queda em sua popularidade. E, quando a coisa apertava fazia cara de paisagem e afirmava que nada viu e não sabia de nada.

O Legislativo, por sua vez, é um antro corporativista que cerra os olhos ante todo e qualquer deslize de seus pares, uma verdadeira  “casa-da-mãe-joana”, onde   ao invés de cumprirem seu dever cívico, outorgado pelos eleitores, perdem-se nos meandros da corrupção com negociatas escusas, sendo que já houve casos comprovados de propina na destinação de verbas do orçamento.

Resta-nos então, a esperança no Poder Judiciário, esperança essa que cresce a cada dia após o julgamento e execução das penas dos mensaleiros.

Precisamos de ar renovado para que possamos respirar com tranquilidade e aspirar a tempos mais auspiciosos, quando poderemos viver com dignidade em um país que possamos chamar de Pátria.

A conferir.
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domingo, 1 de dezembro de 2013

DESCRENÇA…


Por mais de sessenta dias estive ausente das páginas do blog. 
Explico: uma descrença tomou conta de mim. Fiz uma retrospectiva de  minha vida desde os tempos de jovem e político estudantil, idealista, crente no futuro do Brasil, crente em dias melhores para o nosso povo. Crente até em políticos. 
Vivi a construção de Brasília, participei do movimento dos estudantes em prol da eleição de Juscelino como senador por Goiás. Recebemos Jânio Quadros com a esperança de vê-lo com a sua vassoura varrer o Planalto e os porões do Brasil. 
Lembro-me ainda de acompanhar comícios do Mauro Borges, dos movimentos de resistência contra a “ditadura militar” e a intervenção federal em Goiás. Da preocupação com o golpe contra Jango Goulart e logo a seguir o Parlamentarismo. 
Lembro dos tempos duros e hoje tenho consciência que foram necessários, ao afirmar isso não significa dizer que estou de acordo com os excessos que alguns praticaram. Sobre os comunistas e falsos idealistas vou deixar que o Deputado Bolsonaro cumpra essa tarefa. 
E veio a  redemocratização com o movimento Diretas Já e ainda a tristeza que vivemos naqueles dias que antecederam o falecimento de Tancredo Neves. E logo a seguir o "salvador da pátria", esse sim um grande raposão e aproveitador de nome José de Ribamar Ferreira de Araújo Costa, cognome “José Sarney” e seu milagroso ministro Dilson Funaro (que Deus o tenha). 
Acreditei tanto nesse Sarney e no seu Plano Cruzado que me tornei um “Fiscal do Sarney”. Nesse tempo morava em Morrinhos-Goiás e cheguei a comandar reuniões com voluntários “fiscais do Sarney”, encontros devidamente registrados em atas lavradas com a seriedade que a ocasião exigia. 
A seguir o desastre “Collor”, o Caçador de Marajás, graças a DEUS não votei nele. No entanto dei meu voto e depositei minhas esperanças no sapo barbudo do ABC e fiz isso outras vezes até vê-lo Presidente do Brasil. 
A partir daí, decepção uma atrás da outra. Acompanhando o noticiário político vi o Lula fazer pior que todos os seus antecessores juntos. Perda da Petrobrás na Bolívia, Mensalão, apoio político ao finado Hugo Chavez, apoio ao ditador e carrasco Fidel Castro, empréstimos e perdão de dívidas a alguns países. Envio de tropas militares ao Haiti, enfim todo tipo de estrepolia para dar visibilidade externa ao seu governo. 
Agora, no governo da presidenta (sic) Dilma, estamos vivendo o caos. E ela só preocupada com os números do Ibope. O movimento popular que tomou conta do Brasil no mês de junho e prossegue até os dias de hoje nos faz crer que tudo está perdido caso não reajamos a esse estado de coisas. 
No dia 29/10/2013, o Jornal o Globo publicou um artigo da lavra de Rodrigo Constantino, presidente do Instituto Liberal, denominado ANOMIA . “Estado de uma sociedade caracterizada pela desintegração das normas que regem a conduta dos homens e asseguram a ordem social”, assim o dicionário define o termo anomia, cunhado pelo sociólogo Durkheim. Fiquei muito assustado, descrente é  o termo correto, pois o rumo que as coisas iam tomando era o prenúncio de mais um golpe de estado a ser executado pelos atuais donos do poder e como justificativa seria o restabelecimento da ordem pública. Mas como nem tudo está perdido, fiquei exultante com a prisão dos arquitetos e executores do mensalão. 
Porém  a piada da cardiopatia grave do Genoíno, os empregos do Zé Dirceu e do Delúbio e ainda a passividade da Câmara na cassação dos mandatos parlamentares da “bancada da Papuda”, são sinais de que o PT pode estar elaborando o Decreto de Indulto de Natal.






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