quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A COPA DO MUNDO E AS ELEIÇÕES DE 2014

           
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               Poderia haver cenário mais propício para se ludibriar o povo do que esse? Vimos as ruas cheias de protestadores dizendo não à Copa, mas onde estavam esses mesmos à época da escolha do País para a sede do Mundial? Certamente não gritaram e não se movimentaram para evitar, antes uniram-se ao coro dos que buscavam trazê-la para o Brasil. E ninguém pode alegar que foi ludibriado quanto às despesas que teríamos, é mais que sabido pela imprensa mundial o desperdício que são as obras e os consequentes “elefantes brancos” que resultam após aqueles poucos dias de euforia.

                Um evento de tal monta serve a dois propósitos, oferecer o tão amado “circo” ao povo e envolver com uma cortina de fumaça as falcatruas que certamente são utilizadas para desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito de alguns, em detrimento de muitos.

               Clama-se por educação e saúde “padrão FIFA”, mas a fonte de recursos é finita, tem que se optar por um ou outro e o que vi durante a Copa das Confederações, o aperitivo da Copa do Mundo, foram estádios lotados apesar do preço exorbitante dos ingressos.

               Para se atingir um objetivo ambicioso é mister que se corte na carne, que se faça opções. É muito fácil gritar por escolas e continuar endeusando jogadores de futebol que mal sabem desenhar o nome. Envergonho-me quando ouço o valor dos salários dos chamados “ídolos”, quantos professores valem um jogador de futebol?
              
                Não sou contra o esporte, longe de mim. O esporte salva vidas, retira da marginalidade jovens sem perspectivas. Sou contra os gastos absurdos com reforma de estádios para cumprir o Estatuto do Torcedor. Muitos desses estádios serão usados em uma ou duas partidas e depois serão relegados às moscas e à ação destruidora da natureza.
               Já começou a venda dos ingressos para o certame e ainda não vi boicotes ou movimentos contra a sua venda. Na realidade o que há é corre-corre para adquiri-los.
              
               Triste ano de eleições. Logo os rumores do povo serão abafados pelos gritos de “Campeão”. Os políticos como raposas ardilosas, já estão saindo seus covis, à espera dos incautos que rugirão mas logo hão de se calar como o cão se cala à vista do osso!

              Nada de excepcional, diferente, aconteceu depois de cessadas as manifestações a não ser a escalada desenfreada do dólar e a consequente desvalorização do real. Ainda assim nos deparamos com a alteração favorável na pesquisa de satisfação do povo em favor da Presidente Dilma. O que terá conduzido a isso?

               E a retomada do julgamento do Mensalão com o Levando wisk querendo reduzir as penas e fazer novo julgamento?

                 O Senado ao propor mudança no imposto de renda, concede ao chefe de família uma redução no imposto devido, quando ele possuir filho maior de 21 anos, desempregado e sem qualquer tipo de rendimento. Ou seja mais um estímulo à preguiça. O correto seria aumentar a dedução para aqueles pais que mantém filhos estudando e com possibilidade de arcar com despesas de escolas melhores, estou convicto disso.

                Apesar de lutar para não deixar o pessimismo vencer, a cada momento ficamos com a impressão mais nítida que aos poucos tudo volta ao seu lugar.

                 O fogo que crepitava na palha apagou-se depois de leve aragem soprada do Planalto Central e a vida como sempre não pode parar, continua, como sempre foi...

                                  Ana Odette Danin / Walmir Martins de Lima

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