sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A IMPUNIDADE E OS NOVOS DONOS DO PODER

                  

criminalidade2

                    Meus amigos estou cansado de ler e ouvir notícias de crimes praticados por menores.  Vou mais além, estou  assustado com a multiplicidade de ações criminosas praticadas por jovens de todas as classes sociais.

                    Lembro  o crime praticado em Brasília-DF por jovens de classe média alta quando por “farra” colocaram fogo no índio Galdino. Nos últimos 30 anos se constata  um aumento expressivo da criminalidade e ultimamente até crianças fazem parte das chamadas “quadrilhas de menores”. Não tenho receio de afirmar que se deve ao Estatuto da Criança e Adolescente o vertiginoso crescimento da impunidade.

                   A Revolução Francesa  deixou o maior legado para nossas gerações: Liberté,  Egalité, Fraternité (Liberdade, Igualdade e Fraternidade) foi o lema da Revolução Francesa. A palavra de ordem  sobreviveu à revolução, tornando-se o grito de ativistas em prol da democracia, contra governos opressores e a imensa desigualdade social. O Artigo primeiro da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, diz: "Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundar-se na utilidade comum". Essa declaração foi a fonte  de inspiração da Organização das Nações Unidas que  em  1948 ao divulgar a Declaração Universal dos Direitos Humanos a consolidou.  Infelizmente os legisladores brasileiros parece que se confundiram ao interpretar tal preceito e ao criar uma lei de proteção à criança e adolescente instituíram a impunidade.

                     As crianças e adolescentes precisam ser protegidos é do Estado que não lhes oferece escolas e professores estimulados em sua profissão onde verdadeiramente possam ser educados;  hospitais, médicos e equipes de saúde com um projeto sério e eficaz de Saúde da Família, onde recebam educação para a saúde, profilaxia e prevenção de doenças e acompanhamento psicossocial quando se fizer necessário; transporte digno para conduzi-los às escolas, atividades esportivas e de lazer tão necessários à formação do caráter da criança e do adolescente e mais que tudo, Segurança Pública para que nossas crianças e jovens vivam em paz sem o assédio de marginais, traficantes e estupradores.

                   Porém, onde se encontra o ESTADO? O clamor das ruas visto durante o  mês de junho passado comprova  a sua total ausência. Nos  últimos meses temos observado também que as jovens menores estão ingressando na vida criminosa quase na mesma proporção do sexo masculino. A cada dia nos tornamos sabedores de uma nova e triste estória. São assassinatos em nome do “amor” e por ciúmes. Já há triângulo amoroso entre crianças de 14 e 15 anos. Grande número de adolescentes que são traficantes, ladrões, arrombadores, assassinos contam com mais de uma dezena de passagens pela Delegacia de Atos Infracionais.

                 Na estatística do crime, um único jovem teria cometido mais de 15 assassinatos, dos quais apenas 4 foram revelados, 11 deles estão entre os crimes insolúveis. O aumento vertiginoso tem como responsável esse Estatuto que não permite qualquer punição e quando ela acontece é muito branda.

                 Aliem-se a grande afoiteza e audácia que todo jovem possui e que faz parte da personalidade humana e a certeza da impunidade e temos pronta a receita da criminalidade.  E não falamos mais de crimes corriqueiros, agora há requintes de crueldade, motivo torpe, total desprezo pela vida dos semelhantes.

                   Vivemos de esperança em um país onde nada é levado a sério por parte dos políticos e governantes. A cada pleito o povo elege candidatos à espera que  mudem a cara do Brasil, mas tudo continua na mesma. Por isso o ECA se destaca como exceção, é obedecido à risca. E assim, todos os dias os noticiários televisivos mostram brasileirinhos portando revólveres, fuzis, metralhadoras, assaltando, matando, roubando impunemente e a qualquer luz.

                   Quando será que o Estado vai deixar de ser uma confraria para os políticos que se apoderaram do poder, o transformaram em quintal de suas casas e onde com qualquer luz e intensamente, praticam suas mazelas? Urgentemente o Estado precisa adotar providências visando a reforma do ECA para conter a escalada da violência. Mais urgente ainda é a instalação de abrigos para reeducar aqueles jovens e não permitir o que hoje acontece: interna-los na universidade do crime.

                    A hora se aproxima, em 2014 teremos a oportunidade de renovar 2/3 do Senado Federal, todo o contingente de Deputados Federais e Estaduais e Governadores. É chegada a hora de aposentar os mais de 300 picaretas em Brasília e milhares de "picaretinhas" espalhados pelo Brasil. Como a esperança nunca morre talvez os novos legisladores e governantes tenham a sensibilidade e responsabilidade para melhor cuidar do problema.

                      Cabe-nos o imperioso dever de mudar o País. Em nossas mãos possuimos a arma apropriada - o VOTO, façamos dele a nossa batalha para construir um novo país, para isso vote consciente.

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domingo, 1 de setembro de 2013

COM ESSA CARA É MÉDICO OU EMPREGADA DOMÉSTICA ?

          




          


          Parece que finalmente o racismo brasileiro resolveu mostrar a cara explicitamente.

          Não poderia ter havido pior hora. Quando se esperava da juventude e das classes mais esclarecidas a união em busca de um país menos injusto o que se viu foi o despertar do corporativismo e a defesa de classe, exatamente como fazem os políticos com referência a seus pares.

          “A quem muito foi dado, muito será pedido”, e foi aí justamente que parece, nos enganamos. Pessoas aquinhoadas com estudos em universidades sustentadas com os impostos suados dos sem expectativa de…saúde, …escola pública de qualidade, …alimentação saudável, …saneamento básico, esqueceram de utilizar argumentos e gestos condizentes com sua educação refinada e saíram a protestar levando em consideração a beleza, a cor da pele, a origem étnica.

           Onde está o senso de humanidade em um povo que se diz tão pacífico? Vaias e cusparadas são próprias de vândalos.

            Achar que alguém tem “cara de empregada doméstica” parece algo proveniente de uma mente doentia. Como querem respeito como profissionais pessoas que agem como moleques?

            À propósito indago, existe algum modelo de cara específica para cada profissão? Ao se contratar alguém será necessário primeiramente consultar um catálogo para verificar se seu aspecto físico será aprovado ? O Ministério do Trabalho e a Justiça Trabalhista tem punido com rigor empresas que deixam de contratar pessoas em razão da falta de beleza física, cor da pele, altura e peso.

            Não concordar com decisões políticas de um governo é direito de todos, humilhar seres humanos por sua aparência física é demonstrar que faltou em algum momento de sua educação, formação ética e sociológica. Ademais é preciso aprofundar a análise das razões do governo para tal decisão.

            Nas Capitais e grandes cidades médicos não atendem convênios, nunca tem vagas, consultas são agendadas com mais de 30 dias. Consultas particulares a preço de salário mínimo tem vaga 24 horas por dia. Na periferia ou cidades do interior os recém formados querem curtir a vida e não se dispõem a trabalhar nessas localidades.

            O que se ganha com isso? Apenas a demonstração que somos um povo tupiniquim avesso à tão proclamada globalização. Que olhamos de cima, sim, para aqueles que “ julgamos” inferiores , sob o olhar míope e carcomido de preconceito. Com a mesma empáfia que nos achamos superiores, chamamos de escravos aos que se submetem, não se sabe se por ideologia ou por extrema necessidade de sobrevivência, a fazer o trabalho que nos recusamos por ser humilhante.

             Parece que esquecemos que o bem maior é a vida e é em torno de salvá-la que nos devemos unir. Descasos com atendimento aos mais necessitados que buscam socorro nos PSF e UNIDADES DO SUS, jornais televisivos mostram todos os dias. Pessoas morrendo por falta de socorro e a resposta é sempre a mesma, vamos abrir inquérito e apurar os fatos.

             Talvez eu é quem seja muito sonhadora e idealista ao imaginar um mundo onde todos caminham em busca do bem e que o amor ao próximo e a salvação da Humanidade seja a meta final.

                               Ana Odette Danin  /  Walmir Martins de Lima               
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