quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Espertalhões





    Publiquei no dia 30 de setembro de 2012 ,  o post intitulado " O governo do PT e o crédito fácil" , onde denunciei a transferência de recursos públicos da ordem de R$ 300 bilhões aos cofres do BNDES.

 No Brasil ninguém gosta de especular com seus próprios recursos, mas sempre vão atrás do dinheiro da viúva. Com o apoio de governadores, deputados, senadores e alguns oligarcas recorrem sempre ao caixa do BNDES e ali têm seus projetos aprovados e logo depois estão nadando em recursos que irrigam as obras superfaturadas, inacabadas, o propinoduto e outras mazelas do setor público.

   No TCU,  MPF,   Polícia Federal, são incontáveis os inquéritos relativos às irregularidades nessas obras. São investigações complexas,  que demandam muitos anos e quando chegam à Justiça os envolvidos contratam advogados especialistas em recursos que vão retardar por décadas o deslinde da questão. Muitas vezes as obras são paralisadas em prejuízo do tão sonhado desenvolvimento. Como exemplo, cito  a Ferrovia Norte/Sul que está sendo construída há mais de vinte anos e sempre tem a sua data de conclusão adiada.

  Mas não é só a preocupação com a conclusão das obras o objeto da nossa indignação, mas saber quem e quando serão pagos os “empréstimos” levantados no BNDES. 

Também é preciso que se saiba que  em muitas dessas obras financiadas com o dinheiro público o BNDES  se torna sócio.  Empreendimentos são construídos, empresas são criadas e o nosso BNDES  está sempre entrando como sócio. Esperamos que um dia não venham vender suas ações a preço de bananas, ou fazer uma ação entre amigos.

  O BNDES  agora vem solicitar ao governo uma nova fonte de irrigação dos seus cofres, via “Capitalização”. Pretende que o governo o capitalize através do Fundo Soberano, ou seja, transferindo para incremento do seu capital ações de empresas que o governo adquiriu com o excesso de sua arrecadação. Com esse mecanismo, vamos continuar a ver os recursos concentrados naquele Banco, conviver com a ingerência política na sua aplicação e direcionamento e alguns oligarcas patrocinando escândalos para fins eleitorais ou eleitoreiros.

 A antiga conta de movimento que abastecia o caixa do Banco do Brasil  foi encerrada no governo Sarney, mas outra mais danosa foi criada no governo do PT  e que de diversas formas vem abastecendo o BNDES. 

Ora, todo e qualquer recurso sai do Tesouro. São fatias de um mesmo bolo apenas com destinações diversas, englobando-se todas como Empréstimos, ficando assim difícil, senão quase impossível, a transparência em tais operações.
  Foram ações semelhantes, as chamadas operações triangulares que levaram à bancarrota duas dezenas de Bancos Estaduais. Em caso de dúvida  é bom ler "Dos problemas crônicos ao Proes" de Cleofas Salviano Júnior.       




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