sábado, 7 de dezembro de 2013

O NEGRO JOAQUIM BARBOSA


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O Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, negro, de origem humilde, ocupa hoje o mais alto grau da magistratura brasileira.

Com sua inconfundível capa preta e mão de ferro conduziu a relatoria da Ação Penal 470, mais conhecida como “Mensalão”, esquema de compra de votos e de corrupção de parlamentares na Câmara Federal, visando garantir maioria de votos nos projetos de interesse do Partido dos Trabalhadores.

Desnecessário falar sobre os ardis da tramoia, mas é preciso não esquecer os seus principais protagonistas, hoje alguns já engaiolados na penitenciária da Papuda em Brasília-DF, como Zé Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno dentre outros.

A atuação firme do Presidente do Supremo Tribunal Federal rendeu ao ministro Joaquim Barbosa a simpatia do eleitorado brasileiro. Em recente pesquisa do Data Folha, o nome de Joaquim Barbosa aparece em significativo segundo lugar, com 15%(quinze por cento) das intenções de voto dos eleitores consultados pelo país afora.

É bom lembrar que o ministro não está filiado a nenhum partido político, não tem esquema de votos, não possui o poder executivo nas mãos e nem a caneta que concede benesses. Não tem horário de televisão e nem financiadores de campanha. Mesmo assim o percentual em seu favor é superior ao do senador pelo PSDB, Aécio Neves e ao do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB.

Este quadro nos chama a atenção por uma razão muito simples, já tivemos no passado um “Caçador de Marajás” e deu no que deu. Pessoalmente não tenho preocupação com o crescimento da intenção de votos em favor do ministro Joaquim Barbosa que já deu demonstração suficiente ao mundo que é um homem correto, incorruptível e que seria intolerante com a corrupção, o mal maior do Brasil.

Durante o julgamento do “Mensalão” tivemos a oportunidade de ver sua coragem ao enfrentar os ministros que queriam colocar panos quentes amenizando os crimes cometidos e propondo penas mais leves. Assistimo-lo dizer na cara e com muita coragem o que pensava desses ministros e ainda se negou a fazer qualquer retratação.

Corajoso!  Este o adjetivo que o qualifica.

Na hora do recolhimento ao xilindró trabalhou duro no feriado de 15 de novembro e  mandou conduzir doze presos à penitenciária da Papuda. E o melhor, algemados durante a viagem até Brasília.

Nem sabemos se ele realmente deseja antecipar  sua aposentadoria com o intuito de enveredar nessa seara da política, mas não resta dúvida que seria bom para o Brasil uma mudança radical de rumos. Ou se anteciparia a sua aposentadoria em razão de rumores que na ascensão do próximo presidente do STF já estaria engendrada a revisão de todo o processo envolvendo a Ação Penal 470. 

Teima, porém em permanecer arraigada em nós uma certa inquietude. Como estamos vivendo um quadro de corrupção em todos os níveis, greves, movimentos sociais os mais diversos, criminalidade em alta, saúde precaríssima, inflação batendo à porta, Ministério da Fazenda maquiando contas, prefeitos desviando dinheiro da saúde e educação, desperta em nós o temor que possa surgir algum desconhecido, filiado a um partido nanico  se apresentando para salvar o Brasil.

Bandeiras certamente não lhes faltarão e o tão dinheiro vai aparecer quando e para onde o fiel da balança pender. Sentimos a gravidade da situação.

O atual modelo de governo qualquer seja o ângulo que observemos,  tornou-se inaceitável. O Poder Executivo, ainda no mandato do anterior presidente criou o nefando hábito de fingir-se de morto ante qualquer situação que o desabone ou venha causar queda em sua popularidade. E, quando a coisa apertava fazia cara de paisagem e afirmava que nada viu e não sabia de nada.

O Legislativo, por sua vez, é um antro corporativista que cerra os olhos ante todo e qualquer deslize de seus pares, uma verdadeira  “casa-da-mãe-joana”, onde   ao invés de cumprirem seu dever cívico, outorgado pelos eleitores, perdem-se nos meandros da corrupção com negociatas escusas, sendo que já houve casos comprovados de propina na destinação de verbas do orçamento.

Resta-nos então, a esperança no Poder Judiciário, esperança essa que cresce a cada dia após o julgamento e execução das penas dos mensaleiros.

Precisamos de ar renovado para que possamos respirar com tranquilidade e aspirar a tempos mais auspiciosos, quando poderemos viver com dignidade em um país que possamos chamar de Pátria.

A conferir.
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