segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Férias...


Estamos saindo de férias para renovar as energias, mas antes um abraço a todos que nos prestigiaram e incentivaram.
Ano que vem voltaremos e contamos com vocês.  Precisamos nos unir para renovar nosso País e finalmente nos tornarmos um povo orgulhoso do torrão em que nasceu!...
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O marco civil da Internet





Cada país tem a internet que merece!


É exatamente isso, não se pode oferecer o que não se possui. Somos um povo que não preza a cultura, não dá valor às raízes, não cultiva o respeito aos semelhantes e quer sempre levar vantagem em tudo. Prega uma coisa, mas não se importa de burlar as próprias regras se lhe for conveniente no momento.

Não nos preocupamos em estudar a língua pátria, sabidamente uma das mais ricas, mas abarrotamos as salas de aula das escolas de idiomas. Leituras? Ah, ler é coisa do passado, não podemos perder tempo,  é o que ouvimos da maioria dos jovens.  A pressa se tornou a parceira inseparável, as palavras perdem as vogais, as frases o sentido, a vida o objetivo.

Nossas redes sociais refletem exatamente o que ocorre em nossas casas, escolas e roda de amigos...

Há um grande desvirtuamento  dos objetivos das redes. Grande parte de nossa juventude está carente de propósitos, mas como costumo dizer, a culpa não é deles. A culpa é dos adultos que os orientaram. 

O que há hoje nas redes sociais é pura e simplesmente o resultado da educação falha e irresponsável que lhes proporcionaram seus pais. O fruto nunca cai longe da árvore e por essa razão sempre me recuso a colocar sobre os ombros dos jovens toda a culpa por essa falta de interesse pelo seu próprio destino. Sempre encontraram tudo pronto, nunca faltou quem lhes servisse e desconhecem a palavra respeito.

Não pertencem àquela geração que lutou para conquistar direitos, quebrou barreiras e tabus e segue desbravando o desconhecido, ansiando por novos conhecimentos a cada dia. Uma geração que se sente responsável por seu destino e teme entregá-lo a qualquer um.E que também se deslumbra com a rapidez e facilidade de comunicação que o mundo virtual trouxe.

Por outro lado sinto que nem tudo está perdido, pois há aquela parcela de jovens antenados e  interessados  nos destinos da Nação e que receberam no lar orientação de pais responsáveis.

E em meio a todo esse frenesi surge o Marco Civil da Internet, que parece não tem preocupado muito os usuários do sistema.

Os internautas brasileiros gozam de ampla liberdade no uso das redes sociais e  desconhecem que em diversos países o acesso a esse meio de comunicação é intensamente vigiado e muita coisa é proibida. Na China, Irã, Cuba , os mais radicais, milhares de pessoas trabalham para o governo controlando os conteúdos e censurando. Incontável o número de informações que são sonegadas ao povo. É o controle do poder sobre a opinião, sobre a informação. É a censura!

Um exemplo da importância das redes sociais  são os fatos recentes ligados à página  Diário de Classe, protagonizado por uma estudante em Santa Catarina. O seu protesto contra o desmazelo do governo com a sua escola rendeu providências, trouxe lhe alguma dor de cabeça, mas nos mostrou o quanto é poderoso esse meio de comunicação.

Na recente campanha presidencial nos EUA, mostrou também a força que tem a comunicação instantânea entre milhões de pessoas.

O PL  2126/2011, é fruto da ampla consulta e participação da população brasileira e está sendo denominada a "Constituição da Internet".  O objetivo inicial era a democratização do uso da internet e o Brasil surgiu como um dos países pioneiros com essa proposta. 

O projeto porém, tem esbarrado em dificuldades para votação na Câmara dos Deputados, com os lobby das associações de direitos autorais e das empresas operadoras que querem transformar o acesso à internet em espécie de TV a cabo e ameaçam com um grande reajuste de preço caso não sejam atendidas.

No meu entender um dos tópicos mais importantes é:
"O Marco Civil define responsabilidades e deveres de provedores e usuários de internet. A principal divergência que impede a votação está relacionada a artigo que trata da neutralidade da rede. Por esse princípio, os provedores tratariam da mesma forma todos os pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, serviço, origem ou aplicativo.A proposta do relator proíbe que os provedores operem com velocidade variável para cada site. O objetivo é evitar que as empresas de internet passem a cobrar tarifas adicionais dos geradores de conteúdo para garantir a velocidade na transmissão dos dados."
É a garantia da democratização da internet, mas com tanta pressão de poderosos, que afinal são quem financiam as campanhas dos nobres deputados, fatalmente o Projeto de Lei, que nasceu como vontade soberana do povo, será desvirtuado e o ônus recairá sobre nós os usuários.
O jogo  de interesses impediu o acordo de líderes no Congresso essa semana para a definitiva votação.Fiquemos atentos!
Não seria esse o momento de uma mobilização para defesa dos direitos dos internautas?  

Poderíamos por alguns instantes nos calarmos ante os assuntos banais tais como:" hoje vou provar comidinha da mamy;  ou  Ufa! que dor nos quartos, estou precisando de folga; ou Oi gente!  comprei um sapato vermelho custou os olhos da cara: ou  Estou pedindo ajuda para ir ao Japão torcer pelo Corinthians”.

 
Não creio que seja pedir muito lutar por objetivos que se não alcançados muito interferirão em nossa liberdade de expressão. Tenhamos em mente que prevenir é muito melhor do que remediar.


                                                                     Walmir Martins de Lima / Ana Odette Danin


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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Respeitem o consumidor antes que seja tarde demais!






Somos um povo muito pouco exigente em relação a respeito. Talvez por havermos nos acostumado a também não respeitar os outros.

Principalmente não sabemos nos impor como consumidores, colocamo-nos em papel subalterno  ao adquirirmos algum bem ou serviço. Em atitude anômala transformamos o fornecedor em semideus que por bondade se digna em determinado momento atender nossa necessidade.

Mas, não deveria ser o contrário? O fornecedor conseguiria sobreviver sem o consumidor? Não somos nós, consumidores que sustentamos a economia? Então por que essa atitude de subserviência?

Creio que é chegada a hora de dar um basta a essa falta de respeito. Não pensem que é tarefa fácil. Cientes de seu poderio as empresas prestam um péssimo serviço de pós-venda. Os SAC atendem mal, deixando-nos em espera a ouvir gravações ou ”musiquinhas” (não sei o que é pior).Tentam vencer pelo cansaço e já perceberam que a força está do lado deles, que não têm nada a perder. Já receberam pelo mau serviço prestado.

Como todos,  também já me senti lesada,  algumas vezes por mau atendimento, outras por produtos que não atendiam a minhas expectativas e também pela péssima assistência técnica de oficinas autorizadas. Não poucas vezes desisti ante as dificuldades em receber respostas nas reclamações. No intuito de me apaziguar ante tanta frustração tentava me convencer que o mesmo acontecia a todos, era portanto "normal".

Resolvi no entanto dar um basta.

 Após enviar várias mensagens ao canal competente de uma empresa de renome, sem que obtivesse ao menos uma desculpa deslavada, virei minha artilharia para uma das redes sociais.
 Não em uma ocasião qualquer. Esperei por um evento importante, de repercussão nacional que a empresa iria participar para  demonstrar minha insatisfação. Não foi fácil, diante de meu primeiro comentário, tentaram me desacreditar afirmando  que eu havia enviado o endereço de e-mail incorreto, depois usaram a desculpa que meu número de telefone estava errado ou que ninguém atendia.  

A cada alegação deles respondia ,dando minha versão,  sempre publicando no perfil para que todos tomassem conhecimento. Contra meus próprios princípios tive que ser ríspida e temo que até grosseira e com pesar digo, só assim me atenderam.

Infelizmente as empresas estão tão acostumadas a reinar soberanas que a primeira desculpa que me deram foi que terceirizavam a produção e portanto não sabiam o que tinha acontecido errado. Tentaram utilizar a tática do “ se der certo fui eu quem fiz, se errado não me responsabilizo”. Não conseguiram me convencer e mudaram de atitude. O jogo virou, fui eu quem os venci pelo cansaço.

Propuseram a troca da mercadoria por outra a minha escolha, o que se concretizou, mas me deixou um gosto amargo de “ será que valeu a pena tanto trabalho?” Valeu, nessas questões não se pode levar em conta apenas o custo monetário, mas também o aspecto moral  resultante de nossa atitude. De qualquer maneira quem quiser seguir pelo mesmo caminho tem que se preparar para insistir e muito até obter seus direitos.

Não deveria ser assim. O certo é que fosse atendida na primeira reclamação , entendessem  a minha insatisfação  como “feedback”  e teriam uma ferramenta a mais para aprimorarem seu produto.

Ao mesmo tempo me pergunto – de quem é a culpa dessa inversão de valores? É claro que  nossa. Ao nos transformarmos em consumidores  tão ávidos, em detrimento do bom senso, abdicamos do nosso direito de exigir eficiência e eficácia.

E a quem cabe mudar? A nós mesmos. O momento  agora é de mostrar que temos consciência de nossos direitos e que eles devem ser respeitados . Gritar nossa insatisfação aos quatro ventos , contaminar outros consumidores para que juntos possamos mudar essa visão tão deturpada de nossos empresários e levá-los a nos respeitar antes que seja tarde demais.

                                                                       Ana Odette Danin
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